Claro que pode!
Como
eu já havia comentando nesse post aqui,
não sou muito boa em dar continuidade às coisas que começo, se não tiver
alguém me cobrando. Então, a minha super motivação do final do ano para
emagrecer passou rapidinho.
Na
verdade, naquela época (meados de novembro), tinha rolado uma aposta entre meus
irmãos e cunhados para ver quem conseguiria perder mais peso proporcional – e com
saúde! – até o Natal. Poucos dias depois ninguém mais estava se empenhando na
aposta e minha motivação foi por água abaixo.
Logo
depois, final de dezembro, passei uns dias na praia. Percebi que sobrevivi
andando com minha barriguinha nada saudável por aí e fingi que estava tudo bem.
Só que não, né? Barriga saliente não é feio, feio é saber que a gordura abdominal
é perigosíssima e não fazer nada pra resolver o problema.
Com
uma vida extremamente corrida, acordando às 6h30 e trabalhando 15 horas por dia
em dois empregos, eu achei que tinha desculpa para não fazer nada para me
cuidar. Achei também que roupinhas bonitinhas e maquiagem bem feita resolveriam
tudo, só esqueci que aparência e saúde são coisas completamente diferentes.
Até
que no início dessa semana, numa consulta de rotina à ginecologista, a luz do
alerta máximo se acendeu: durante a realização dos exames em consultório, ela
fez um alerta sobre a minha barriga. Disse que eu precisava parar de comer
doces (que nem curto, na verdade) e massas (isso eu tenho comido bastante mesmo),
porque minha barriga estava bem gordinha.
Mas
essa mulher é ginecologista, deveria examinar por dentro e não por fora! –
pensei, na hora.
Seria cômico, se não fosse trágico: pesquisas afirmam que
o acúmulo de gordura abdominal aumenta o risco de morte súbita. Ao mesmo tempo,
a minha idade (34 anos) está na faixa de maior risco de complicações por doenças
cardiovasculares. Isso sem contar que tenho histórico de AVC, pressão alta,
problemas circulatórios e diabetes na família, tenho hipotireoidismo, sou ex
fumante, tenho enxaqueca e faço uso contínuo de anticoncepcional. Olha a bomba!
Por
esse motivo, saí do consultório da ginecologista em estado de choque na segunda-feira, fiz
pesquisas na terça, me matriculei na academia na quarta e comecei hoje
meu primeiro treino.
Final
de mês, sim.
Quinta-feira,
sim.
Porque
sim!